26-05-2023
Sous la responsabilité d’Alessandro De Lima Francisco
Vendredi 23 juin de 9h à 16h à Institut des arts – UNESP
R. Dr. Bento Teobaldo Ferraz, 271 – São Paulo - SP, 01140-070 (Brésil)
* Teatro Maria de Lourdes Sekeff : (9h-11h45)
* Auditorium Ricardo Kubala : (13h30-16h)
La première série de séminaires du programme Archéologie de la musique et discours sonore a comme objectif d’analyser L’archéologie du savoir et de lancer l’essai de l’approche qui donne le titre à l’ouvrage dans le champ de la musique. Il est connu que la démarche archéologique consiste à analyser le discours ayant l’énoncé pour unité élémentaire. En vue de transporter cette approche de l’horizon des dits et des écrits à celui du son, il faudra interroger les limites du maniement des concepts clés d’une telle démarche. Il faudra même mettre à l’épreuve les limites du discursif en proposant en tout cas d’élargir la notion même de discours et de soumettre la musique à l’expérimentation afin de détecter l’équivalent de l’énoncé dans son champ propre, d’examiner l’hypothèse selon laquelle la musique en tant que discours sonore obéit à un régime d’organisation, ce qui implique de se demander si ce régime est homologue à celui qui ordonne les savoirs selon les âges de l’histoire de notre culture. Une telle déclaration rapproche la musique et les savoirs à l’égard de leur espace d’ordre, mais en refusant de mépriser leurs particularités.
L’ouverture de l’archéologie à des domaines de pratiques « non-discursives » est suggérée au dernier chapitre de L’archéologie du savoir, dans une section intitulée « d’autres archéologies ». En faisant appel à l’exemple du tableau, il y est avisé que la peinture est « une pratique discursive qui prend corps dans des techniques et dans des effets » au moins dans l’une de ses dimensions.
Afin d’interroger les limites d’une telle entreprise dans le domaine de la musique, les invités seront motivés à réfléchir sur la démarche archéologique et sur les efforts accomplis jusqu’ici pour l’employer dans d’autres domaines.
A primeira série de seminários do programa Archéologie de la musique et discours sonore tem por objetivo analisar A arqueologia do saber e iniciar o teste da perspectiva que dá título ao livro no campo da música. É sabido que a abordagem arqueológica consiste em analisar o discurso tendo o enunciado por unidade elementar. Com a finalidade de transportar essa abordagem do horizonte dos ditos e dos escritos àquele do som, será preciso interrogar os limites do manejo dos conceitos-chave de uma tal abordagem. Será preciso até mesmo pôr à prova os limites do discursivo propondo, em todo caso, ampliar a noção de discurso e submeter a música à experimentação a fim de detectar o equivalente do enunciado em seu próprio campo, examinar a hipótese segundo a qual a música como discurso sonoro obedece a um regime de organização, o que implica se perguntar se esse regime é homólogo àquele que ordena os saberes segundo as eras da história de nossa cultura. Uma tal declaração aproxima a música e os saberes com relação a seu espaço de ordem, mas recusa desprezar suas particularidades.
A abertura da arqueologia a domínios de práticas “não-discursivas” é sugerida no último capítulo de A arqueologia do saber, numa seção intitulada “outras arqueologias”. Reclamando o exemplo do quadro, é indicado nessa seção que a pintura é « uma prática discursiva que toma corpo em técnicas e em efeitos” ao menos em uma de suas dimensões.
A fim de interrogar os limites dessa empreitada no domínio da música, os convidados serão motivados a refletir sobre a abordagem arqueológica e sobre os esforços realizados até hoje para emprega-la em outros domínios.
Programme
L’archéologie et la peinture (9h-11h45)
Stela Maris da Silva (Universidade do Estado do paraná – UNESPAR) : A pintura de Manet – “arqueologia do olhar” ?
Philippe Sabot (Université de Lille / Centre Michel Foucault) : Magritte et la crise de la représentation
Le discours et l’art (13h30-16h)
Pedro Souza (Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ) : Da ordem das coisas no museu : arqueologias intermitentes entre o arquivo e a memória
Orazio Irrera (Université Paris 8) : Les arts peuvent-ils fournir un diagnostic de l’actualité ?